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Um estudo clínico de fase 3 realizado no Brasil mostrou que a vacina contra a chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva é segura e eficaz em adolescentes.
O estudo, publicado na revista científica The Lancet, avaliou a segurança e imunogenicidade da vacina em 750 jovens de 12 a 17 anos que residem em áreas endêmicas da doença no Brasil.
Os resultados mostraram que a vacina induziu uma resposta imune protetora em 98,8% dos adolescentes, independentemente de terem ou não sido previamente infectados pelo vírus da chikungunya.
A vacina também foi bem tolerada, com a maioria das reações adversas sendo leves a moderadas e se resolvendo em cerca de três dias. Os efeitos mais comuns foram dor e sensibilidade no local da injeção, dor de cabeça, dor no corpo, febre e fadiga.
Os pesquisadores concluíram que os resultados do estudo fornecem evidências sólidas de que a vacina contra a chikungunya é segura e eficaz em adolescentes.
A vacina já foi aprovada para uso em adultos nos Estados Unidos, tornando-se o primeiro imunizante contra a chikungunya aprovado no mundo. O pedido de aprovação da vacina para adolescentes no Brasil deve ser submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no primeiro semestre de 2024.
A chikungunya é uma doença viral transmitida por mosquitos que causa febre, dor nas articulações, dores musculares, dor de cabeça e fadiga. A doença pode ser grave, especialmente em pessoas com condições médicas preexistentes.