PEC da Transição, tem potencial para gerar uma tendência de alta expressiva no endividamento público do país

Da Redação – 22/11/2022

 

A PEC da Transição, apresentada pelo Governo eleito para liberar despesas fora do teto de gastos, tem potencial para gerar uma tendência de alta expressiva no endividamento público do país, além de pressionar a inflação e dificultar o trabalho do Banco Central, avaliam analistas.

Cenários desenhados por economistas que acompanham as contas públicas apontam que o texto apresentado na quarta-feira pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin pode levar a dívida bruta do governo, hoje em 77,1% do PIB, a 90% ao fim dos quatro anos de mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de tirar o Programa Bolsa Família do teto de gastos por prazo indeterminado, num acréscimo de 175 bilhões de reais nas despesas, a PEC também estipulou que parte das receitas decorrentes de eventual excesso de arrecadação será alocada para investimentos públicos, abrindo espaço em 2023 para mais 23 bilhões de reais em gastos, também fora da regra do teto.