Mulher morre em São Paulo devido à febre maculosa transmitida por carrapato

O Instituto Adolfo Lutz, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, confirmou o diagnóstico de febre maculosa em uma mulher residente na capital paulista, que veio a falecer no último dia 8. A paciente, de 36 anos, começou a apresentar febre e dores de cabeça em 3 de junho e foi internada no dia 6. A confirmação da doença ocorreu na última segunda-feira (12).

O namorado da vítima, de 42 anos, também faleceu no mesmo dia e apresentava sinais e sintomas semelhantes. Ele foi internado no dia 7 na cidade de Jundiaí, e seu exame ainda está em análise no Instituto Adolfo Lutz.

De acordo com relatos da mulher, ela percebeu marcas de picadas de inseto em seu corpo após uma viagem do casal a Campinas. Posteriormente, eles realizaram uma viagem juntos ao município de Monte Verde, em Minas Gerais, na semana seguinte à visita a Campinas.

A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo divulgou uma nota expressando preocupação com as mortes provocadas pela febre maculosa. A entidade afirmou que o estado tem enfrentado um desmonte na estrutura de pesquisa científica nos últimos anos, o que é essencial para orientar ações de vigilância epidemiológica.

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde. Ela pode se manifestar em formas clínicas leves e atípicas, bem como em formas graves, com alta taxa de letalidade. A doença é causada por uma bactéria transmitida por picada de carrapato e não é transmitida diretamente entre pessoas por meio de contato direto.