Missa da Unidade

Assessoria de Imprensa da Diocese de São Carlos, com informações do Padre Márcio André Massola Gaido – Vigário Episcopal do Vicariato Nossa Senhora do Patrocínio – 22/02/2022

 

Nesta última quinta-feira, 17, na igreja São Judas na cidade de Jaú, Dom Luíz Carlos , nosso bispo diocesano, celebrou a santa missa juntamente com todos os padres de nosso Vicariato Nossa Senhora do Patrocínio, pedindo pelas famílias vitimadas nessas enchentes, bem como em ação de graças por tanta solidariedade de nosso povo nesse momento de sofrimento.

Em sua homilia, Dom Luíz ressaltou “estamos aqui para nos encontrar com Jesus vivo e Ressuscitado. Jesus após fazer um percurso com seus discípulos, e foi dando as grandes lições aos seus discípulos. Ele faz uma pergunta: quem dizem os homens que eu sou, pergunta Jesus a Pedro.

Aqui está uma imagem da relação de Deus conosco, da história que Deus faz conosco. Para que nós possamos dar uma devolutiva a ele, e a nossa resposta nos compromete com Ele.  Diante dos acontecimentos na nossa vida, no nível pessoal, comunitário, social, especificamente diante desse acontecimento das cheias do rio Jaú, nos interroga também: quem eu sou para vocês? E diante dessa pergunta, mostra também que Deus precisa de nós, precisa de nossa carne.

A solidariedade de nosso povo, mostrou que Deus precisa de nós para estender seu amor, sua bondade e sua misericórdia até as pessoas. Quanta partilha! Todas as paróquias, através de nossos padres, juntamente com nosso povo, pôde expressar uma grande solidariedade na arrecadação de tantas coisas (gêneros alimentícios, roupas, produtos de higiene e de limpeza, etc…) para suprir as necessidades de todos aqueles que perderam tudo ou quase tudo nessas enchentes. Deus se manifestando através de nós. Isso mostra A bondade e a presença de Deus conosco que apesar de tantas experiências de Cruz, a misericórdia e a providência de Deus nos acompanham sempre.

O ato solidário  foi uma grande mostra do amor de Deus para com todos. Como no Antigo Testamento, esse gesto de solidariedade foi como que Tenda de Deus no meio de nós. Essa solidariedade foi algo que vai marcar a história desse vicariato, dessa cidade diante desses acontecimentos.

 Diante daquele anúncio da paixão de Jesus, que o Filho do homem iria sofrer, ser rejeitado pelos anciãos, sumo sacerdote, e ser morto e ao terceiro dia vai ressuscitar… isso significa que as tragédias, a dor, o sofrimento,  fazem parte integrante da nossa fé. Seguir Jesus, não significa jogar essas realidades para fora, muito pelo contrário, Deus vem a nós através de tudo isso também. Somos convidados a perceber a força de Deus em nós, seguindo Jesus, carregando a cruz de cada dia. Por isso a vida de comunidade nos ajuda a compreender que o ser humano é chamado a sair de si e servir. Testemunhar uma igreja servidora”.

Vale ressaltar que os padres participaram do momento da Coleta, partilhando também e, aquilo que foi arrecadado, foi doado para as três paróquias (São Judas, Nossa Senhora de Fátima e São José, regiões de alagamento) para uma ajuda aos necessitados.

Ao final da missa, uma das famílias vitimadas pelas enchentes deu um testemunho e, após,  Pe. Márcio Gaido, Vigário Episcopal para aquele vicariato dirigiu algumas palavras a todos, especialmente ao Sr. Bispo Dom Luiz,  ressaltando “sua atitude de pastor quando esteve presente naquele Domingo, 30 de janeiro, momento dos acontecimentos das enchentes, visitando as famílias desalojadas e os lugares dos alagamentos. E como um Bom Samaritano, ‘vai e faze a mesma coisa’ não passou adiante sem antes socorrer os que estavam caídos pelo caminho… mostrando assim, amor e cuidado para com os sofredores. Como na cena do Evangelho, o samaritano promete voltar para visitar o doente, e num gesto de profunda ternura e consideração, Dom Luiz retorna à cidade de Jaú para estar novamente com as famílias, celebrando a Santa Missa da Unidade, numa grande prece a Deus pelas família vitimadas e em Ação de Graças pela solidariedade de nosso povo, nossas paróquias, juntamente com todos nós padres. O rosto da Igreja é a Misericórdia. Queremos ser uma Igreja cada vez mais sinodal, caminhar juntos, provocando a consciência de ser comunhão, participação e missão. Uma Igreja que escuta o convite de Jesus:  Vai e faze a mesma coisa!”

Encerrou-se a missa e logo em seguida, Pe. Alvarino ofereceu um jantar nas dependências da Abadia São Norberto.