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Por Agência Rádio 2 – 26/02/2021
Variante brasileira da Covid-19, a P1, afeta exportações de frutas perecíveis, feitas por avião.
Descoberta no Amazonas, a nova cepa do coronavírus levou vários países a interromperem sua ligação aérea com o Brasil.
A restrição foi adotada por Reino Unido, Portugal, Estados Unidos, Colômbia, entre outros.
Os dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que os embarques de mamão caíram dez por cento em janeiro, tanto em volume quanto em receita.
Outra fruta que sofreu bastante impacto foi o limão, com queda nas vendas e no volume de 25 por cento.
Também foram prejudicadas as exportações de morango, pitaia, pinha, atemoia e goiaba.
Em janeiro, os embarques somaram 82 mil toneladas, se consideradas todas as frutas, um volume cinco por cento menor que o de janeiro de 2020.
Em receita, o recuo foi de três por cento, para 60 milhões de dólares, o equivalente a mais de 300 milhões de reais.
Embora a restrições aéreas estejam relacionadas com a circulação de pessoas, muitas variedades de frutas são exportadas no porão de aviões comerciais.
Em entrevista ao Valor Econômico, o gerente técnico e de projetos da Abrafrutas, a associação dos exportadores de frutas, Jorge de Souza, afirma que há espaço apenas em alguns aviões cargueiros.
Por causa das restrições para exportar, alguns produtores têm destinado a produção para o mercado interno.