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Da Redação – 06/04/2022
O consumo de carnes procedentes da agropecuária industrial e intensiva pode mudar a composição genética da flora intestinal – esta é a conclusão de um estudo desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP São Carlos que utilizou inteligência artificial e aprendizado de máquina na análise gênica das bactérias do sistema digestivo.
O estudo compara as floras intestinais de diferentes tipos de alimentação, incluindo dados atuais e da era pré-industrial.
Os resultados apontam para uma maior quantidade de bactérias com genes de resistência a antibióticos nos consumidores de carnes procedentes da agropecuária industrial e intensiva, ou seja, produzidas em larga escala e para fins comerciais.
Isso foi verificado tanto para quem adota uma dieta onívora (variada) quanto cetogênica (com limitação de carboidratos e maior consumo de proteína e gordura).
A pesquisa acende o alerta para o uso de antibióticos na pecuária como fator para o surgimento de superbactérias, que conseguem resistir ao tratamento mesmo com o uso de uma grande quantidade e variedade de antibióticos.