Em média, 265 brasileiros são internados diariamente no SUS por complicações graves relacionadas ao câncer de intestino

Da Redação – 16/03/2023

 

Em média, 265 brasileiros são internados diariamente no sistema único de saúde por complicações graves relacionadas ao câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal.

O número, identificado ao longo de 2022, atingiu o maior patamar da década, conforme levantamento da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

De acordo com as entidades, os registros de internação trazem números alarmantes: 768.663 hospitalizações só no sus para o tratamento da doença entre 2013 e 2022. Já os dados de mortalidade decorrentes desse tipo de câncer indicam que, somente em 2021, foram registrados 19.924 óbitos.

O Instituto Nacional do Câncer projeta em 45.630 o número de novos casos de câncer de intestino no Brasil para o triênio de 2023 a 2025. Se tais projeções se confirmarem, de acordo com as entidades, a doença alcançará contingente superior a 136 mil pessoas no país. Segundo o INCA, o risco estimado é de 21,10 casos por 100 mil habitantes, sendo 21.970 entre homens e 23.660 entre mulheres.

Apesar de pouco discutida, a doença – que atinge o reto e intestino – já ocupa lugar de destaque entre as neoplasias mais letais para homens e mulheres no brasil, alertam as associações médicas.

O diagnóstico de câncer colorretal, entretanto, não é sentença de morte se não for bem tratado, pode, de fato, ter consequências sérias para o bem-estar do paciente. mas, quanto mais cedo for descoberto, maior a possibilidade de intervenção e cura.

A orientação é que, a partir dos 45 anos, todos devem procurar um médico para avaliar a saúde do intestino. Cerca de 90% dos casos de câncer de intestino têm origem a partir de um pólipo, tipo de lesão na mucosa do intestino que pode se transformar em câncer.

Em uma colonoscopia, por exemplo, esses pólipos podem ser retirados, prevenindo a doença. Em casos de histórico de família, é importante que a avaliação seja feita antes mesmo dos 45 anos.