Curiosidades das Olimpíadas de Tóquio 2020

Por Erica Roveder – Arte: Léo Neves – 27/07/2021

 

Sem dúvida as Olimpíadas de Tóquio 2020, está fazendo história, não só por conta da pandemia, mas por ser considerada as Olimpíadas da diversidade e da sustentabilidade. O Japão é considerado o país da tecnologia e eles usaram isso para deixar os jogos olímpicos mais sustentável e todo pensado no planeta.

Olimpíadas da sustentabilidade

As Olimpíadas e Paralimpíadas Tóquio 2020 têm como conceito: “Seja melhor, juntos, para o planeta e as pessoas”. Assim, os benefícios dos jogos serão destinados não apenas aos esportistas, mas também ao meio ambiente, à sociedade e à economia.

Os jogos têm um código de compras sustentáveis, que assegura a sustentabilidade em toda a cadeia de suprimentos, serviços e produtos licenciados. O pódio da cerimônia de premiação foi impresso em 3D com plástico reciclado recolhido em lojas de varejo, escritórios e escolas, como parte de uma campanha educativa com foco no consumo responsável e reciclagem.

As medalhas foram feitas com a reciclagem de lixos eletrônicos descartados pela população japonesa. Mais de 6 milhões de telefones e quase 80 mil toneladas de aparelhos eletrônicos foram arrecadados, desmontados, fundidos e refinados para criar as variações de ouro, prata e bronze.

A eletricidade usada nos jogos tem fontes renováveis, como solar, biomassa e hídrica. As medidas de eficiência energética incluem a instalação apenas de luzes LED em todos os locais do evento.

O transporte de emissão zero também é usado, incluindo ônibus de célula de combustível, ônibus autônomos de bateria e empilhadeiras movidas a hidrogênio, que são usadas para mover itens pesados ​​pelos locais olímpicos.
A tocha olímpica foi produzida com resíduos de alumínio de uma caixa temporária construída após o terremoto e tsunami de 2011. Os uniformes usados ​​pelos funcionários foram feitos de poliéster derivado de garrafas pet recicladas.

A praça da vila olímpica foi construída com madeira de origem sustentável doada por autoridades locais em todo o japão. Após os jogos, a madeira será reaproveitada como bancos públicos ou na construção de prédios públicos.

O sonho de Tóquio 2020 de ser os jogos olímpicos de menor emissão de todos os tempos se estende até onde os atletas dorme: os colchões das 18 mil camas que serão utilizadas são de papelão reciclável.

Tudo isso faz parte de um esforço do Comitê Olímpico para reduzir a pegada de carbono do evento. Estima-se que os jogos do Rio de Janeiro de 2016 tenham emitido 4,5 milhões de toneladas de CO2. Os de Londres, em 2012, geraram 3,3 milhões de toneladas. Tóquio quer bater este recorde e prevê uma emissão de não mais que 2,93 milhões de toneladas de CO2.

 

Olimpíadas da diversidade

As olimpíadas de Tóquio 2020 já é consideradas a Olimpíada da diversidade, pois representa um marco no protagonismo feminino. Em Tóquio a presença feminina será de 49% entre os participantes. Além da destinação de quase metade das vagas, a edição olímpica prevê a mesma visibilidade entre eventos masculinos e femininos, e a realização de 18 eventos mistos, nove a mais do que nos jogos Rio 2016. Foi determinado também, pela primeira vez, que todos os 206 Comitês Olímpicos Nacionais tenham ao menos uma atleta mulher e um homem na equipe.

Uniforme 

O time feminino de ginástica artística da Alemanha teve uma ação de protagonismo nessas olimpíadas. A equipe adotou calças em vez de collants, com o intuito de protestar contra a sexualização feminina no esporte. O uso de uniformes que cubram todo o corpo não é proibido na ginástica. Normalmente, são usados por motivos religiosos e são permitidos pelo regulamento da Federação Internacional de Ginástica. Porém as atletas querem apenas tirar a visão de sexualidade em torneios femininos, além de se sentirem muito mais confortáveis. Muitas outras atletas apoiaram a decisão das alemãs.