Nas três primeiras semanas do ano corrente, o Brasil testemunhou um preocupante aumento nos casos de dengue, conforme revelado em dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (25). Um total de 12 mortes foram registradas em decorrência da doença, juntamente com 120.874 casos prováveis, um crescimento alarmante em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 26 óbitos e 44.753 casos.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, expressou sua apreensão diante desses números, afirmando que o país está enfrentando um momento crítico no combate à dengue. Os dados divulgados pela pasta revelam que os quatro sorotipos da doença estão em circulação no país, incluindo o sorotipo 3, que não era epidêmico no Brasil há mais de 15 anos. O sorotipo 1 é atualmente classificado como predominante.

A diretora do departamento de Doenças Transmissíveis do ministério, Alda Cruz, enfatizou a gravidade da situação, destacando que a circulação simultânea dos quatro sorotipos representa um desafio significativo para as autoridades de saúde.

Além da dengue, o país também enfrenta desafios relacionados à chikungunya, outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com o Informe Semanal das Arboviroses Urbanas, foram registrados 7.063 casos de chikungunya nas primeiras semanas de 2024, com uma redução de 34,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Uma morte foi confirmada, enquanto oito estão sob investigação.

Quanto ao zika, os dados divulgados pelo Ministério da Saúde referem-se ao segundo semestre de 2023, período em que foram registrados 1.954 casos prováveis, incluindo 116 em gestantes. Embora não tenha havido óbitos, o vírus, também transmitido pelo Aedes aegypti, está associado a complicações neurológicas, como microcefalia congênita e síndrome de Guillain-Barré.