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Da Redação – 09/03/2022
A água distribuída pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de São Carlos apresentou substâncias potencialmente cancerígenas acima do limite estabelecido pela legislação brasileira.
É o que aponta o mapa da água, iniciativa da Repórter Brasil e Agência Pública que compilou dados fornecidos por empresas e órgãos de abastecimento ao sistema de informação de Vigilância da qualidade para consumo humano.
No compilado dos anos de 2018, 2019 e 2020 mostra que a capital da tecnologia teve nos três anos consecutivos níveis acima do aceitável em compostos que podem gerar doenças crônicas, como câncer.
Segundo o levantamento, as substâncias acrilamida e nitrato, além do metal pesado cádmio foram encontrados em desacordo com a legislação. O SAAE contesta os dados.
Não menos agressivos, mas ainda assim encontrados na água em amostras coletadas no período, estão o mercúrio cianeto e trihalometanos. (confira no final da reportagem o que as substâncias podem causar).
Segundo a agência pública, substâncias potencialmente perigosas à saúde foram encontradas em 763 municípios brasileiros, o que representa quase 14% das cidades. Além de são carlos, foram encontrados poluentes cancerígenos em Araraquara e Ribeirão Preto.
A autarquia respondeu não haver “resultado de análise no arquivo do SAAE que comprove a detecção dessas substâncias acima do limite de segurança. Se houvesse, o SAAE jamais distribuiria essa água”.
O órgão afirmou ainda que realiza criterioso monitoramento da qualidade da água distribuída em conformidade com a legislação vigente.